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Como podemos prever o futuro?

Como podemos prever o futuro?

Neste artigo abordamos o processo de tomada de decisão e a análise do risco versus possibilidades do acontecimento.

Assim como na vida, nas apostas vivemos de lembranças. Acontece que essas lembranças são convertidas em números, tudo para calcular a probabilidade real de um evento acontecer.

por Josué Ramos   |   comentários 0
quarta, fevereiro 3 2016

Quando falamos sobre o tempo ou mesmo sobre a vida, argumentamos sempre que devemos viver o momento, o presente, o agora. Mas na minha visão da vida, do tempo e do espaço, tenho como conceito que o presente, ou como gostamos de nos referir, o exato momento, o aqui e o agora, todos esses termos em questão, não existem. São simplesmente um vácuo entre a lucidez e a saudade, algo que dura cerca de um, dois ou três segundos...

São apenas alguns segundos de ilusões que logo farão parte do passado. Há uma frase de um autor desconhecido que diz:

"As quatro coisas que não voltam para trás: A pedra atirada, a palavra dita, a ocasião perdida e o tempo passado."

O que acabei de referir já não é mais que uma recordação. O que acabaram de ler passou à história. Isso faz-me pensar que vivemos apenas alimentados de lembranças.

Assim como na vida, nas apostas vivemos de lembranças. Acontece que essas lembranças são convertidas em números, tudo para alcançar a probabilidade real de um evento acontecer.

Muitos apostadores focam-se em ganhar uma aposta. Procuram odds baixas, as ditas apostas certeiras, fazem acumuladas de odds mínimas, estão sempre em busca de uma "surebet", como se um apostador tivesse por obrigação acertar todas as apostas. Nesta fase podem estar um pouco confusos. Afinal, vamos entrar numa aposta para perder?


Devemos ser indiferentes a isso. Os apostador devem encarar as apostas assim: com indiferença. Não importa se a aposta vai ser vencedora ou não. Deixem-me explicar isto melhor.

Procuramos sempre valor nas apostas punter, mas esse valor está relacionado com a diferença entre o valor das odds e a odd justa. O conceito aplicado é o mesmo do jogo da moeda, o cara ou coroa: 50% de hipóteses para qualquer lado. De fato, em mil lançamentos da moeda teremos muito provavelmente um número próximo de 500 vezes cara e 500 coroa, o que nos daria os tais 50% para cada lado, representando uma cotação de @2 para cada lado da moeda. Mas às vezes uma casa de apostas diz que um dos lados dessa moeda vale mais ou menos de @2. Esta é a nossa oportunidade, pois neste caso temos um erro, um equívoco, e é nestas oportunidades que um apostador se aproveita da situação e investe, aproveitando essa odd desajustada. No longo prazo as curvas tendem a equilibrar-se, mas apostando com odds de valor podemos ter lucro.

Tudo isto é sabido por qualquer profissional ou estudante das apostas desportivas, mas o grande desafio é outro.

Neste conceito apresentado, se soubermos exatamente qual a real possibilidade de um evento ocorrer, estaremos à frente de todos. Saberemos o que é uma odd de valor, o que é uma odd justa e uma odd sem valor. Dominaremos o mercado e ditaremos as regras para as casas e outros apostadores. Não estou a exagerar, pois as odds nas casas asiáticas são manipuladas pelos senhores das apostas, os maiores especialistas nas ligas em questão. Eles movem as linhas para onde querem e manipulam-nos para apostarmos na odd que eles deixaram, ou melhor, as migalhas que restaram.

Já mencionei em outros artigos este conceito, sobre não sermos videntes, porém desta vez escrevo um artigo inteiro sobre esta teoria.

O processo de tomada de decisão

O nosso foco deve ser encontrar a exata probabilidade de um evento ocorrer. Para isso dispomos dos números passados das equipas, as tais lembranças em questão, mas com essa ordem numérica tudo o que conseguimos fazer é imitar a casa de apostas, pois com os números vamos chegar apenas ao mesmo resultado que elas. Aliás, dependendo das informações de que dispomos, podemos até ficar em desvantagem.

Nesta visão o que faz a diferença é a informação, pois com a informação correta iremos conseguir ficar à frente da casa de apostas, pois a mesma precisa sempre da confirmação da informação, enquanto nós apostadores podemos ajustar as linhas mais rapidamente. Não vamos ajustar uma linha com uma informação qualquer, mas com as fontes certas, ou melhor, com fontes de confiança, estaremos em vantagem. Basta saber selecionar a informação e ter boas fontes.

Nas apostas tudo gira em torno de informação, que poderá surgir dos lugares mais inusitados. Devemos sempre manter os olhos e a mente aberta. Já recebi informações preciosas em fóruns e grupos de apostadores, em redes sociais e aplicações de mensagens. Não se pode ignorar uma boa fonte.

O ajustamento da odd deve ser como numa balança. Imaginem uma balança carregada de pesos. Colocamos nesta balança o peso da equipe da casa, isto é, o aproveitamento da equipe quando joga em casa. Do outro lado o peso equivalente da equipe visitante na mesma situação. Acrescentamos os números recentes de cada equipe, o seu momento de forma atual. Depois o peso das ausências, a motivação das equipas. A partir daí fazem-se afinações com base na informação adquirida sobre o evento. Como se colocássemos pequenas pedras, representadas por números, equivalentes a pesos, distribuindo-os sobre os respetivos lados da balança.

No final desta distribuição teremos a resposta tão cobiçada daquela questão inquietante. Quais são as probabilidades exatas desse evento? Já podemos responder a esta questão.

Nós não prevemos o futuro, não temos essa habilidade, infelizmente, mas conseguimos, com a ajuda da matemática, prever todas as possibilidades possíveis para um evento. Não importa o que aconteça. Podemos prever o fato mais inusitado, pois este será apenas mais um número de uma possibilidade, representado em percentagem. Somos frios, calculistas e sem coração. Quando se trata de números, de apostas, de investimento, toda a frieza do mundo é pouca.

Trabalhamos olhando para a frente, para o futuro. Vemos possibilidades, variáveis. Prevemos todos os movimentos, todas as possíveis ações. Tudo o que poderá ser feito, dito ou pensado. Às vezes já não sei distinguir se minhas projeções ficam apenas nas apostas, ou se já espalhei isso para todos os setores da minha vida. Um apostador não é apenas um apostador quando está em frente a um computador ou um bloco de notas fazendo os seus cálculos referente a alguma aposta. Somos apostadores a tempo integral. Pensamos em tudo na vida como uma aposta. Cada tomada de decisão. Cada escolha.

Para onde me vai levar essa decisão? Qual será o próximo movimento?
Como no xadrez, antecipamos todos os movimentos possíveis. Cada passo e sua consequência podem ser previstos. Podemos ver anos à frente de possibilidades, mas isso não nos faz videntes. São possibilidades e não a verdadeira realidade. Mesmo podendo prever todos os fatos, a vida surpreende. O acaso existe e deixa-nos ficar mal.

Lembrem-se que todas as apostas têm os seus riscos.

Precisamos de calcular os riscos de cada tomada de decisão e saber se essa escolha realmente tem VALOR perante o risco que implica. Não basta apenas uma aposta ter uma odd superior ao que deveria ter para fazermos uma aposta. Lembrem-se que toda a aposta tem os seus riscos e que o cálculo desses riscos deve ser feito. Temos de calcular as variáveis.

O mais interessante é que tudo o que foi dito serve para um investimento, uma aposta ou qualquer coisa na vida. De um beijo roubado e suas consequências, à escolha de um emprego, de uma carreira. De uma possível aposta a um fundo de investimento. Tudo isso são apostas. Os riscos são calculáveis, as possibilidades podem ser previstas, o valor de cada decisão fica evidente de acordo com a melhor possibilidade. Não deixamos de roubar o beijo de alguém por medo de nos apaixonarmos, não vamos deixar de apostar por medo de perder a aposta. Se os riscos foram calculados e não prejudicam o longo prazo, se as possibilidades são boas... seguimos em frente e apostamos. Não ter medo de arriscar deve estar presente em todos os setores da vida, senhoras e senhores.

Risco vs possibilidades

Quando deixar de fazer uma aposta pelo fator do risco?

  • Quando essa escolha ferir o longo prazo.
  • Quando uma simples tomada de decisão, multiplicada pelo número de unidades disponíveis na nossa banca, mostrar que a decisão poderá ser desastrosa se repetida um certo número de vezes.

Lembrem-se que cada decisão que tomarem deve ser repetida em situações semelhantes até ao final da temporada, ou até ao ajustamento dos nossos fairs. Isto dá-nos travões para quando nos depararmos com decisões duvidosas, pois qualquer decisão que imponha dúvida merece ser revista de muito perto.

Seremos conhecidos no futuro pelas nossas escolhas no passado. Pensem muito bem antes de dar um passo adiante. Nesses momentos as lembranças são as nossas maiores aliadas. Dão-nos a base e a experiência para reconhecer os possíveis erros. Mas não devemos ter medo de arriscar quando uma boa oportunidade surgir. Mas como podemos reconhecer uma boa oportunidade? Acreditem, quando a hora chegar saberão. É instinto, feeling, intuição ou simplesmente o nosso subconsciente a fazer cálculos matemáticos mais rápidos do que podemos conscientemente perceber.


Este artigo foi o mais nostálgico que já escrevi na vida e o mais sincero. Espero que tirem proveito do que escrevi, de um conselho, de uma palavra amiga, que foi exatamente o que pretendi fazer.

A minha conclusão fica em aberto. A reflexão foi feita e quem precisa de tirar conclusões são vocês. Tudo depende da vossa reflexão e do vosso entendimento.

  • A única coisa que vou ressaltar é que não estamos aqui para acertar todas as apostas. Isso não é importante. Precisamos dos erros para evoluir, para crescer. É um mal necessário.
  • Não tentem acertar numa aposta, tentem encontrar valor.
  • Não se assustem com as sequências negativas, é nesses momentos que surgem as boas oportunidades.
  • Não se pode ter medo de arriscar. Nunca se deve ter medo de arriscar.
  • As melhores oportunidades surgem nos piores momentos. É preciso estar atento para perceber o valor de cada oportunidade.

No final de contas, não ensinei ninguém a prever o futuro, pois não posso fazer isso. Nem vocês! Não somos videntes, somos apostadores. Prevemos as possibilidades e arriscamos. E ao final de tudo as nossas escolhas definem-nos. O nosso passado define-nos. Naquele conceito em que vivemos de lembranças, estas serão os nossos guias nas nossas futuras escolhas e também no caminho sinuoso até ao amanhã.

Espero que tenham gostado deste artigo. Um grande abraço e boas decisões.

 

Comentários (15)
  1. Duarte Cunha 09 fev 2016 - 16:59
  1. ptraven 12 fev 2016 - 10:26
    Só tenho um uma palavra a dizer.
    Obrigado
  1. Rui_Gomes 13 fev 2016 - 11:01
    Muito bom artigo. Parabens !
  1. Rajey O Rapper 07 mar 2016 - 06:10
    Essa comunidade é a melhor que existe.
  1. coachpodence 07 mar 2016 - 18:36
    Dos melhores artigos que já li 
  1. pratashugo 25 mar 2016 - 01:47
    Excelente artigo , dá para nós comunidade de apostadores interiorizar e refletir . Abraço
  1. renatojgodinho 31 mar 2016 - 14:31
    grande comunidade onde as pessoas são serias e as analises são de muito valor.

    obrigado
  1. efls1088 14 abr 2016 - 12:42
    obrigado
  1. pnrm71 15 abr 2016 - 12:02
    Como escreveste," Não se pode ignorar uma boa fonte" ora aqui está um artigo que não se deve ignorar.Abraço
  1. guedes25 23 abr 2016 - 13:16
    palavras inspiradoras.obrigado,mestre.