Uma das questões mais importantes na vida do jogador é saber até que ponto é possível ter controlo sobre uma aposta.
Um tema comum que costumamos debater nos nossos artigos é o lado emocional nas apostas. Caso não tenhas lido, recomendamos que vás ler, pois vão ajudar bastante na evolução como apostador. Este assunto é simples e complexo ao mesmo tempo, já que teoricamente é bastante fácil darmos exemplos do que fazer e não fazer, mas é apenas na prática, quando há dinheiro e emoção envolvidos, que podemos ter a dimensão de como este influencia o nosso futuro no ramo. É por isso que hoje falaremos um pouco mais sobre o controlo e até que ponto podemos dominar os resultados das nossas apostas.
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O ser humano naturalmente tem dificuldades de fazer uma interpretação correta sobre o controlo e domínio de situações que são tomadas por imprevisibilidade e aleatoriedade, e se analisarmos como funciona o meio das apostas, veremos que isso é o que mais tem dentro de um jogo ou evento. Dessa forma, o teu lado primitivo já te leva a uma desvantagem, por isso é importante aprender a lidar com essas questões do nosso cérebro, e não focar apenas na parte técnica dos nossos conhecimentos.
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Por falar em conhecimentos, outro ponto que costuma levar o jogador a prejuízos é a autoconfiança que este possui em uma aposta apenas por ter informações, domínio e sabedoria sobre algum clube, desporto ou competição. Sem dúvidas que é importante e necessário ter todo esse conhecimento, mas no momento que este te fornece a sensação de controlo sobre a aposta e o seu resultado, poderás estar a ir para um caminho perigoso.
A falsa sensação que temos de controlo sobre uma aposta ganha é pior ainda quando estamos a analisar aqueles jogos que “quase ganhamos”. Ajustar os acontecimentos do resultado de uma partida apenas para reforçar o domínio do controlo sobre aquele evento é um dos casos mais comuns deste tipo de comportamento que estamos a debater hoje. Sendo assim, muitas vezes não fazemos a avaliação correta para entendermos o porquê do “faltou pouco para eu vencer esta aposta”, e seguimos dentro de uma abordagem que não tem relação nenhuma com a causa verdadeira.
Outra questão que passa muitas vezes sem ser notada são as crenças e rituais que trazemos para as apostas, algo que já existia desde o surgimento do homem e que faz parte do nosso dia a dia. Um local perfeito para ilustrarmos o que estamos a falar são os Casinos. O jogador costuma levar uma crença irracional para jogos tomados pela aleatoriedade, confiando na sua capacidade de controlar as ações daquele jogo. Por exemplo, sentem-se mais confiantes e consequentemente apostam valores maiores quando são estes que estão no comando de jogar os dados, ou girar a bola na roleta.
Essa ilusão de controlo sobre as apostas, sem solidez matemática e de probabilidades, é comum de presenciar também nas Lotarias. A pessoa fica tomada pela confiança quando está sob o comando de escolher os números, através daqueles que ela considera especiais por algum motivo, ao invés de escolher um jogo pronto feito pela máquina, por exemplo.
Poderíamos ficar um bom tempo a dar exemplos de coisas que são feitas com naturalidade e que ajudam a ter essa falsa sensação de controlo. Mas o importante é mostrarmos caminhos para que não embarques nesse viés cognitivo. Entender que não tens controlo total em situações que são tomadas pela aleatoriedade é o primeiro passo. Aprofundar-se em métodos e fórmulas que já mostraram resultados, ao invés de colocar a mística e a sensação de controlo em primeiro lugar, é outro caminho que te tornará mais preparado. Sabemos que não é fácil, pois como falamos ao longo do texto, o controlo e tudo o que o cerca são comportamentos que estão no nosso ADN, oriundos desde os primatas, mas se quiseres ter sucesso nas apostas, a disciplina e uma avaliação mais racional será a melhor escolha a se fazer.
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